segunda-feira, 9 de abril de 2012

Porta



Atroz
Infelizmente estamos sós
Os pesadelos às vezes é minha sucinta companhia
Trancaram e engoliram a chave da minha saída
Este meu amor perpétuo
Entope as artérias do meu coração de interrogações
Tudo tão incerto
Domina-me a raiva do seu medo mentecapto
Sua personalidade míope me apavora
Por favor, destranque a porta
Eu necessito sair
Saia desse latíbulo, mostre sua verdadeira face
Talvez será tarde, se ficar neste orgulho lúgubre
Me iludi por suas promessas pérfidas
Hoje se tornaste uma pessoa marmórea
Por favor, eu imploro, destranque a porta
Não consigo mais ficar aqui
Nesse momento ardil
Tornei-me noctívaga em seus sonhos
Quero que deste amor, deixaste de ser leigo
Me abrace levemente, sufocando- me em seu peito
Enquanto nosso amor é ameaçado pelo medo
Destranque a porta, deixe-me passar
Meu universo sempre foi onírico
Mas seu orgulho sisma em estourar a bolha do meu eu-lírico
Sufocando-me com seu desprezo satírico
Te guardei em um lugar aquecido
Enquanto aqui fora, sinto frio
Tento abrir a porta, não consigo
Enquanto me alimento com seu olhar sombrio.





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