sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pífia indireta


Indiretas, meu amor? Que doce de sua parte!
Principalmente em dizer que minhas lágrimas são falsas
Uma leve ignorância surge de alguém extremamente púbere
E sorrindo, eu danço de acordo com sua pífia valsa

Olho pra trás, porque pra mim, valia a pena
Mas estava vendada pelo fogacho do amor
A distância tirou a venda, rompi o liame
Não vale a pena ir atrás daquele que me causa dissabor

Consegui alinhar minha verdadeira simetria
Aquela menininha se tornou fleumática
Sua belíssima valsa perde o ritmo
E palmas surgem diante de nós de forma trágica

Você era minha pia-máter
Mas por ser prófugo de nosso amor, mergulhei em letargia
A dor me deixou flébil, nossa guerra em pugilato
Levantando de uma queda do abismo da vida

O nosso gáudio não existe mais
Nossos músculos involuntários pulsantes não se aquietam
Nossa valsa rutila de uma forma frágil
Suas estúpidas indiretas jamais me afetam

Nossa valsa por aqui se encerra.




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