A blogueira



Eu sou um sorriso no rosto de alguém. Ou uma triste lágrima. Eu sou o vento sem sentido, um sopro de amor no ouvido. Eu sou a mulher de fases dos Raimundos, sou o exagerado do Cazuza, a metamorfose ambulante do Raul Seixas.
Eu sou a garota meiga, onde a ideologia do amor me persegue. Eu sou a garota que gosta do diferente. Do indiscreto, do chamativo. Sou a garota da personalidade, dos ideais. Eu sou a moda antiga. As mãozinhas dadas com o amor correspondido. Os olhares apaixonados. O beijinho no rosto depois de um passeio romântico. Eu sou os anos 60, 70 e 80. Nada de 90 ou 2000. Os valores se perderam aí.
Eu sou a confusão. O desespero. O ciúme.
Sou a alegria e a tristeza. Sou o meio-termo da sociedade. O poço de esperança e incerteza.
Eu sou a poetiza, sou um traço de Cecília Meireles e os detalhes de Clarice Lispector. Sou os olhos cheios de lágrimas ao ler obras de Vinícius de Moraes. Os romances de José de Alencar. E as gargalhadas e admiração das crônicas de Luis Fernando Veríssimo.
Eu sou a antítese, a metáfora, a hipérbole, mas nunca o eufemismo.
Eu sou a poesia, o MPB, o rock, o samba de raiz e até o pop.
Eu tenho talento, o dom da arte, criatividade.
Eu sou a confusão já disse.
Prazer, sou Drieli Tavares

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